Vicente Ferreira Pastinha é conhecido como o responsável pela difusão da Capoeira Angola, bem como pela reunião e organização dos princípios e fundamentos de um dos maiores símbolos da cultura brasileira. Ele nasceu em Salvador, Bahia, no dia 5 de abril de 1889, filho do espanhol José Señor Pastinha e da baiana Eugênia Maria de Carvalho.
Infância e Início na Capoeira
Mestre Pastinha era um negro magro e pequeno, que nasceu na Bahia, a 5 de abril de 1899. Teve como pai um espanhol, chamado José Pastinha e, como mãe, uma negra de nome Raimunda dos Santos. Não criou – porque já era uma prática cultural corrente – mas ficou conhecido como o grande divulgador da chamada Capoeira Angola.
Este homem franzino, de fala mansa, começou a aprender capoeira na infância, pelos 8 ou 10 anos, por piedade de um velho africano, chamado Benedito. Este senhor se compadeceu do então menino, que recebia uma surra cotidiana de outro menino maior e passou a ensinar-lhe algo de “mais-valia” do que empinar pipas, a capoeira.
Treinamento com Benedito
Pastinha passou a frequentar a casa de Benedito todos os dias, devido ao grande interesse que a capoeira tinha despertado em si. Benedito ensinou-lhe as técnicas básicas da capoeira, como a ginga, e também a importância de ter disciplina e respeito aos mais velhos. Ele também ensinou a Pastinha sobre a história e a cultura da capoeira, originária da África sendo trazida para o Brasil pelos escravos.
Crescimento como Capoeirista
Após anos de treinamento, Pastinha tornou-se um capoeirista habilidoso e respeitado. Ele continuou a evoluir na arte, desenvolvendo suas próprias técnicas e estilos. Ele também começou a ensinar capoeira para outros, espalhando sua paixão pela arte. Ele fundou o Centro Esportivo de Capoeira Angola, onde ensinou a capoeira para muitos alunos, incluindo crianças e adultos. Ele também criou uma forma de registro escrito dos movimentos e técnicas da capoeira, o que ajudou a preservar e difundir a arte.
Difusão da Capoeira Angola
Pastinha foi um defensor da capoeira Angola, a forma mais tradicional e original da capoeira. Ele acreditava que a capoeira Angola era mais espiritual e culturalmente significativa do que outras formas de capoeira. Ele lutou para preservar e difundir a capoeira Angola, e suas contribuições foram fundamentais para sua popularização.
Amor Pela Capoeira
Pastinha sempre expressou seu amor incondicional pela capoeira. Ele afirmava que nasceu para a capoeira e que só deixaria a arte quando morresse. Ele enxergava na capoeira muito mais do que apenas um esporte ou uma forma de luta, mas sim como uma forma de expressão, cultura e espiritualidade. Ele acreditava que a capoeira conseguia transformar vidas e de unir pessoas de diferentes raças, classes e origens.
“Eu nasci pra capoeira, só deixo a capoeira quando eu morrer. Eu amo o jogo da capoeira. E não há outra coisa melhor na minha vida do que a capoeira.” Vicente Ferreira Pastinha
Musicalidade
Em relação às musicalidades, parece inusitado – em referência à imagem dos dias atuais – Mestre Pastinha (1968, p.35) ter dito que:
O conjunto musical não é indispensável para a prática da Capoeira, mas é evidente que o “jogo da Capoeira Angola‟ ao ritmo do conjunto típico que acompanha as melodias e improvisos dos cantadores adquire graça, ternura, encanto e misticismo que bole com a alma dos capoeiristas.
Evidentemente, esta ideia está ligada àquilo que Mestre Pastinha entendia por “conjunto típico”. Na prática, existiram várias versões para o conjunto musical, sujeitas às possibilidades que os capoeiristas dispunham num determinado momento, à sua criatividade ou à sua compreensão sobre o emprego dos instrumentos musicais.
Para Mestre Pastinha, este conjunto tinha, além da função de graça, ternura, encanto e misticismo: “a finalidade de determinar o ritmo do jogo‟ que pode ser mais ou menos lento ou rápido”. Os instrumentos que compõe tal conjunto, na Capoeira Angola de Mestre Pastinha, são berimbau, pandeiro, reco-reco, agogô, atabaque e chocalho (Ibid.).
O berimbau era o instrumento que Mestre Pastinha considerava indispensável à roda, por ditar o andamento e o caráter do jogo da capoeira. Esta visão de musicalidade, expressa na disposição dos instrumentos do conjunto musical da Capoeira Angola (que difere da Capoeira Regional, principalmente pela utilização de três berimbaus e pela inclusão do atabaque) é, ainda hoje, usual pelos capoeiristas vinculados a esta linhagem de capoeira.
Legado de Pastinha
O legado de Pastinha é imenso, e sua contribuição para a capoeira é inestimável. Ele foi um dos principais responsáveis pela popularização e valorização da capoeira Angola, e suas técnicas e ensinamentos ainda são estudados e praticados hoje. Além disso, sua dedicação e amor pela capoeira inspiram muitas pessoas a praticar e se apaixonarem pela arte. Sua vida e trabalho são lembrados e celebrados até hoje, e sua memória é perpetuada através da capoeira Angola.
A história de mestre Pastinha é linda amei conhecer o legado desse mito histórico.
Pastinha. O mestre pastinha sera sempre lembrado. Tanto pastinha como outros mestres du seu tempo. Mi lembro alguns desses mestre. No,munbuca,ze bom pe, lorinho,ozebre, manduca da Praia, Corona,juvenal, siri di manlgue,periperi,traira, waldemar dapaixao,zacarias, aberre,era tanto mestre alguns pude alcansar em Vidal era um tempo bom por dimais. Mestre Francisco dos anjos capoeira de Angola.
Gostei muito…
Seria bom um estudo mais profundo sobre a capoeira. Creio que a capoeira deveria ser ensinada em todas as escolas nacionais. Pos ela não é apenas parte de uma luta criada por escravos para si depender e ter sua liberdade. Também ela estar ligado a toda nossa história e cultura.
Capoeira faz parte do nosso povo✊🏿
Gostaria de saber, porque sempre encontro divergência em relação ao nome da mãe de Mestre Pastinha. Poderia responder me por gentileza?
Abraço e muito axé.